Acabou! Acabou! Urra!
Acabou! Acabou! Urra!
Não Acabou??… Então? A quarentena não são Quarenta Dias? Uhm! Ainda vai haver mais? Será uma “Noventena”?
Cá estamos… fortes e unidos… como o arroz de sushi que fiz há dias… até colava nas mãos.
Hoje é um dia especial nestas quarentenas… Dia 40! Vou contar a minha melhor história!
Como sabem aos 12 anos percebi que queria aprender Hipnotismo. Estávamos no ano de 1988. Não havia livros disponíveis sobre Hipnotismo… não havia internet para procurar informação… era impossível aprender… e eu só conhecia um Hipnotista… o Padre da aldeia da minha avó, que fazia espetáculos nas festas. Só muito mais tarde, a partir do ano 2000, começaram a aparecer vários Hipnotistas em Portugal, alguns livros e os primeiros cursos de Hipnose.
Ao longo dos tempos fiz muitos cursos, li imensos livros… pesquisei imenso. As universidades não ensinam, ainda, as ciências da Hipnose nem da Programação Neurolinguística (PNL)… por isso a única forma de compreender estas matérias é pesquisando e aprendendo com informação que está retalhada por vários lados.
O que é que eu queria? Queria desenvolver as minhas capacidades de Coaching de desenvolvimento pessoal e de liderança de empresas e… no fundo ser Hipnotista.
Sabia que um dia seria o “melhor do mundo… um “Ronaldo da Hipnose…” isto… segundo o sonho do diário dos 15 anos… lembram-se? Tratar pessoas nunca foi a minha intenção, não percebia nada de doença mental.
Coaching é um processo de desenvolvimento pessoal onde um coach (treinador em inglês) ajuda, treina, o seu cliente a superar dificuldades e obstáculos que esteja a ter… tem pouco a ver com a Saúde Mental.
Um dia tirei um curso de Hipnose com um brasileiro que veio a Portugal… Uma mensagem retive daquele curso… ele disse que a Hipnose era uma técnica poderosa… mas que NUNCA se devia aplicar aos Doentes Mentais… aqueles que andam em psiquiatras e que tomam medicação… “os malucos”… bem… não percebia nada do assunto e acatei, é melhor não mexer no que não sabemos… e fazer Hipnose a alguém e aquilo dar para o torto… é muito arriscado… Por isso meti na cabeça que nunca iria fazer Hipnose a quem tivesse problemas mentais… a malta dos psiquiatras.
Adiantando…
O tempo foi passando e fui aprendendo cada vez mais, conseguia aplicar as técnicas de influência e desenvolvimento pessoal em mim próprio e queria aplicar também nos outros, mas há um problema, isto com a família e amigos não dá! Eu, para os meus amigos e família, sou o amigo. Não sou o coach, o treinador… logo as relações de amizade dificultam os efeitos das técnicas, por isso, tinha de fazer coaching com pessoas desconhecidas, com clientes que pagassem o serviço de coaching.
O que fiz? Aluguei uma sala, fiz alguma publicidade e esperei pelos clientes…
Neste momento eu tinha as outras empresas e estava tudo a correr bem… Esta atividade de Coaching era a perseguição do meu sonho da Hipnose! Cheguei a um ponto do meu estudo da hipnose em que tinha que praticar… Via o coaching e a hipnose como um passatempo apenas, era apenas um sonho que tinha que realizar!
Tive a primeira cliente. Uau… vamos lá!! Marquei hora na tal sala que tinha alugado… estava todo entusiasmado…
– “Bom dia! Em que a posso ajudar?”
– “Sabe… tenho uma Depressão.”
Oh! Queres ver a minha vida? Então a minha primeira cliente é daquelas que não posso fazer Hipnose por ter problemas mentais… caramba! Tem Depressão… Só falta dizer que anda em psiquiatras…
– “E toma medicação para essa doença?”
– “Oh … se tomo, 10 comprimidos por dia, sou seguida no Hospital Conde Ferreira, porque já lá estive internada…!”
Chiii… Não vai dar! Não posso fazer Hipnose.
O que eu estava preparado para fazer era ajudar as pessoas a atingir os seus objetivos, a lidarem com as suas emoções, a perder os seus medos, a gerir as angústias… isso eu já tinha aprendido e queria colocar em prática… doenças mentais não!… nem sabia nada disso!
Decidi naquele momento que não ia fazer nenhuma abordagem aquela senhora, ia lhe dizer que infelizmente o problema dela não era da minha área e claro que não lhe cobraria a consulta…
Mas, tinha tempo disponível… tinha tirado aquela tarde para a minha primeira consulta, e decidi falar com a senhora, perceber o que se passava com ela e que tipo de limitações aquela doença mental que se ouvia tanto falar lhe dava.
– “O que é que sente agora?”- perguntei.
– “Sinto um aperto muito grande no coração… só choro… não como… não saio da cama… não quero ver luz… não falo com ninguém… não consigo trabalhar…”
Caramba… nunca tinha visto nada disso… que sofrimento.
– “Desde Quando é que está assim?”
– “Há 10 anos” – disse.
– “O que aconteceu há 10 anos?”
– “O meu filho morreu.. tinha 6 anos…”
Eu não estava preparado para tanta dor… dor que eu estava a sentir naquele momento..
A senhora chorava … e eu fiquei em silêncio, tentando não mostrar que também queria chorar.
Sou Pai e acredito que a dor que não se consegue superar é a dor da morte de um filho. Essa fica para sempre… é eterna…
Depois de perceber o que tinha ocorrido e a forma como ela viveu esses momentos continuei com as tais perguntas ingénuas de um principiante:
– “Já tinha a Depressão quando o seu filho morreu?”
– “Não! Estou assim por causa do meu filho… antes eu era muito feliz…”
– “Mas disse-me que tinha uma Depressão? Quem a diagnosticou?”
– “Foi o médico.”
– “Porque foi ao médico?”
– “Porque não consigo sair deste estado e não consigo trabalhar, tive que meter baixa psiquiátrica, ele disse que é uma Depressão crónica e persistente… ”
– “Hum… mas você não é doente mental, apenas não está a conseguir fazer o luto? Porque esteve internada?”
– “Porque… não comia e não conseguia aguentar esta angústia e só queria morrer”
Esta conversa foi marcada mais pelos silêncios do que pelas palavras…
Pensei, na minha ingenuidade de principiante: “Esta senhora foi mal diagnosticada. Ela não tem uma doença mental, apenas não está a conseguir fazer o luto.”
No meio do sofrimento que partilhei com ela… fiquei feliz… porque… pensei: “Eu sei ajudar esta mulher, eu tenho conhecimentos, técnicas que ajudam as pessoas a superar emoções, a fazer o luto e mais ainda… posso aplicar a hipnose a esta senhora porque ela não tem nada de doente mental, apenas tem uma perturbação emocional.”
Mais ainda… Esta senhora está… como eu estaria se passasse o que ela passou! Como não…? Quem estaria diferente com uma história tão forte?
Notem bem: A realidade não é o que acontece… a realidade é o que percebemos que aconteceu.
No final da consulta, onde apenas conversámos, marcámos mais sessões… onde eu iria ajudá-la a superar a sua dor…
Conseguimos! Passado poucas sessões a senhora sorriu pela primeira vez desde há muitos anos. Sorriu quando me falou do filho… sorriu porque pela primeira vez desde há 10 anos, via o filho vivo na sua mente… via a felicidade que tinha em ter cruzado a sua vida com um ser tão maravilhoso!
O meu primeiro caso clínico, foi possível, porque a paciente estava mal diagnosticada… ela não era doente mental, era apenas uma pessoa que sofria… porque num momento da sua vida viveu experiências tão fortes que não conseguiu gerir da melhor forma as suas emoções… tinha as emoções dentro dela bloqueadas. Ficou bem! Eu ajudei…
Hoje, passaram por mim, mais de 2.500 pessoas… sabem que mais? Estava tudo mal diagnosticado… apesar de todas estarem medicadas… nunca conheci um doente mental da forma como me diziam que “Eles” eram… “malucos”. Nunca vi um maluco… e ainda bem… porque a esses não posso aplicar as minhas técnicas… não os posso ajudar.
Os outros… que ajudei? Bem… são pessoas como eu… que em algum momento não deixaram fluir as suas emoções de medo ou angústia e precisaram de ajuda… ajuda de um coach… que virou Psicoterapeuta…
… este foi o início de uma longa história… que só começou agora!
#FiquemEmCasaApesarDaQuerentenaTerAcabado
Hoje
Comentários
Lu Silva
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Pedro Brás
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Rita Rebotim
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Pedro Brás
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Noelia Cabanita
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Borges Benedita
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São Bailote
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Pedro Brás
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Cidália Beleza
Um bem haja??
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Pedro Brás
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Susana Loureiro
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Cristina Braga
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Pedro Brás
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Susana Loureiro
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Aline Fernandes
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Gloria Ferreira
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Pedro Brás
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Graça Revez
Obrigado, e vamos ver se conseguimos acabar com o vírus?
Vou ficar à espera do livro?✨
E também vou querer uma embalagem de sorrir é o melhor remédio ?
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Pedro Brás
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Graça Revez
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Susana Casal Duarte
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Katy Mateus
Não foi da mesma forma que cheguei até à Clínica da Mente, e ao melhor psicoterapeuta de sempre, mas sim, após muitas consultas de psicologia, psiquiatra, neurologia, ambas em simultâneo e a tomar mais de 20 comprimidos por dia.
…com uma família fantástica e apoio incondicional, mas sem resposta da minha parte, pois eu não tinha paciência, auto-estima, não conseguia trabalhar, fazer as refeições, com um filho na universidade e uma filha no secundário, passava os dias enfiada no meu mundo (o meu quarto, bem às escuras) sem querer ver nem ouvir nada nem ninguém) o meu marido, depois de um dia de trabalho chegava a casa, fazia as refeições e dava apoio moral à nossa filha e ao nosso filho, quando vinha de fim de semana, e mesmo assim, eu sempre mal disposta, nunca deixou de se deitar a meu lado ❤️
Um domingo, lá estava mais bem disposta, e fui tomar café com o meu marido, e so desfolhar o CM, fiquei fascinada com uma “Entrevista/Tema da semana ” bem nas paginas centrais do jornal, e depois de ler e reler, disse para o meu marido: “é nesta Clínica que me vou tratar” ele respondeu imediatamente: tira o contacto e amanhã liga, para marcar uma primeira consulta… peguei no telemóvel e tirei uma foto ?
Não perdi tempo, mas exigi uma condição, tinha que ser atendida pelo Dr.Pedro Brás ?
Assim foi, já lá vão 4 anos que voltei a #sorryr e não mais tomei medicação nem consultas de psicologia 2 x semana, psiquiatra 1x mês, e neurologia 1 x mês…
…quando oiço dizer que o tratamento é caro, fico furiosa… caro eram todas as consultas em que estava envolvida, fora a medicação que tomava para andar drogada e tudo junto o dinheiro que gastava mensalmente…
Continuo a ir à Clínica da Mente em média, 2 x por ano, porque me sinto bem ,e gosto de ir buscar ferramentas para me preparar para a minha saúde mental… não que já não esteja bem, mas porque sinto que aquela também é a minha casa, e aquela gente também faz parte da minha família ?
Aginal com isto tudo, digam-me se além de poupar dinheiro não estou também a poupar a minha saúde, sem ter que tomar tanta medicação, e dar cabo do meu estômago, e sistema imunitário ?
Up’s, hoje alarguei-me também um pouco no meu texto, mas é um testemunho que defendo com muita GRATIDÃO, graças a si, Dr. Pedro Brás e à Dra. Patrícia Raminhos ❤️❤️
Obrigada por me voltarem a fazer #Sorryr ???
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Susana Casal Duarte
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Katy Mateus
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Susana Casal Duarte
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Katy Mateus
Um grande beijinho também, até amanhã ?
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Pedro Brás
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Pedro Brás
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Susana Casal Duarte
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Ana Paula Aniceto
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Pedro Brás
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Katy Mateus
O melhor, dos melhores!!!?????
Não imagina quantas caixas de #Sorrysos já ofereci, e por vezes recebo uma chamada telefónica só para me agradecerem e dizerem: hoje a minha cápsula menciona: “Nas próximas 2 horas, contacte alguém com quem não fala há 2 meses”
#OBRIGADAPORMEFAZERVOLTARA #SORRYR Dr. Pedro Brás ❤️?
Fico a aguardar a Noventena ??? Beijinho ?
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Pedro Brás
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Katy Mateus
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Susana Alves
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Pedro Brás
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Ana Paula Aniceto
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Ana Paula Aniceto
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Ana Cristina de Matos
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Pedro Brás
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Maria Mendes
Durante a leitura do seu texto, passei do riso à coriusidade em saber como ia terminar a sua 1°consulta, da coriusidade à emoção, da emoção às lágrimas…
Termino sem palavras…
Apenas digo : que a força de Deus e do universo o acompanhem e o guiem nessa jornada de fazer o Bem ??
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Pedro Brás
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Cristina Teixeira
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Patrícia Apolinário Santos
Já o recomendei a vários amigos (ao longo dos anos) e hoje voltei a recomendar.
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Pedro Brás
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Alexandra Sousa Silva
Mais uma vez tive que partilhar !!!!!?
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Pedro Brás
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Maria Costa
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Pedro Brás
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Regina Barros
Sempre uma causa. A única ajuda muitas vezes, na maioria é receitar ansioliticos e mais e mais sem resultados, mas tem que tomar sempre, é o que se houve e o que muitas pessoas fazem por não terem conhecimentos, mais informação, bem haja Dr. Pela partilha ❤️??fique bem
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Pedro Brás
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Conceição Resende
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Pedro Brás
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Fernanda Paixão
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Lia Santos
Um Excelente Domingo!
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Ilda Bras
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Jose Irene Mendes
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Laura Sousa
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Andre Mota
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Susana Loureiro
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Susana Loureiro
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Isabel Ferreira
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